13 de ago. de 2010

Nem toda culpa tem o seu pesar.
Mas só o que é forte o bastante
pode decepcionar.
Em tudo o que se corrompe
a maneira de eternizar.
E nem se perturbe tanto
Apenas um desencanto.
Nada que não possa apagar.
Perdido em qualquer desventura
Uma nova forma esculturar.
Sequer se limitar
Perdido na razão
Uma causa a se amparar.
Abdicando o tempo que não espera
Numa próxima primavera.
Uma mentira mais sincera.

3 de ago. de 2010

É uma espécie petrificada.
é um lugar, um nome.
Pra onde vai dessa vez?
É toda a estupidez, é tudo
o tudo que se desfez.
Bem mais perdido, bem mais longe.
Só não vou chorar essa morte.
Não vou me esconder do que procurei.
Onde eu encontro, eu busco, eu sei.
Aonde guardar tanta vida?
Não posso mais me dissolver, me transformar.
Não posso mais me distrair, nem me calar.
Continuo procurando, sonhando, crescendo.
Em que tempo estou vivendo?
Eu subo tão alto a vertigem me excita
me explica, me limita.
Então eu vago pela escuridão.
Não quero a luz, não quero a cruz.
Quero voar.
Da escuridão eu sou toda sua duvida.
Estranho é o perfeito.
Insano é o desejo.
No caminho não estou sozinho
e já nem sei se é bom.
O que me ajuda, me confundi.
E se me querem assim
Eu sou a parte de mim, que não me quer
que me entrega, que me tira tudo
que me atira pro mundo.
Me liberta e arranca o coração
toma meu sangue, prende minhas mãos.
Eu só espero que não limite tanto
Eu só espero que você não seja
que não manche, que não saiba.
Que não me deixe sem ter o que saber
não me deixe sem ser.
Sou um pouco mais de você.
Bem mais do que preciso, menos do que finjo.
Se o egoísmo te afasta, te perco de vista
Não pode entender, mas se eu perder, eu peco tanto
eu perco o mundo, eu perco tudo.
Não sei querer, não sei dizer, então que diga por si.
Quem esteve aqui,quem alimentou, quem sofreu
Quem disse que era eu, que nada era meu.
Não caia neste meu mar de estupidez
de sonhos e fracassos.
Aqui não tem espaço, pra quem sabe viver.
E que não seja você.
Com seu brilho tão intenso.
Esse vazio me da mais prazer.
E eu, que trago você, te arrasto pra longe.
Bem mais perto do que posso ver.
Se eu pudesse me esconder
eu fugiria.
Se eu pudesse esquecer
me perderia.
É sempre assim que me encontro.
Me divido nas palavras
e deixo as frases se formarem.
Encontra e se confunde.
Esquece o prazer atrás de um sorriso.
Se esconder, perder o juízo.
Tão curto o espaço, não sou o que faço.
Não ouço o que eu digo, não fico mais aqui.
Eu te impresto o que é seu
e não digo nada, pro sonho que se esqueceu.
Mas quando retorna ninguém pode impedir.
Não pode seu o anjo mal e sentir-se Deus.
De acordo com o que interessar.
É tão cego esse olhar.
Não é vitória, não vê amor.
Somente um respiro, é precisa essa dor
pra não perder no vazio, mais terrível e eficaz.
Que me leva e me trás, não poupa o momento
não chora a desilusão de ser um vento
que um sopro leva.
Que tem a cura e a culpa
a fome e o medo
a duvida e a verdade de não ter, não saber.
De querer outras formas.
E sempre tentar outro lugar.

1 de ago. de 2010

Uma loucura,que fica pra trás.
O que tanto te enfraquece,se torna fraco
E nem decepção tem mais.
Vai sumindo em meio ao nada.
Vai se perdendo na estrada.
Onde aos poucos se começa a sentir.
Tantas sensações apagadas
que começam a sorrir.
É muito o que não faz mais parte.
E pouco o que realmente importa.
E pra essa saudade
a solidão abre a porta
Só quero esse silêncio, essa paz.
O resto já não cabe mais.
Qualquer desejo é eminente
Mas não espere tanto assim
Não espere de mim
Só um pouco diferente.