5 de abr. de 2011

A festa, é navegar na escuridão.
Se abre uma frestra e um novo portão.
E nada mudou, as frases são as mesmas
é sentir pena, é se entregar, é um perdão.
Um olhar que brilha, que ensina
prepara tudo e nada fica no lugar.
Nada tãoo forte ou capaz de mudar.
É só um acorde em meio a canção.
Nessa chegada, o ponto de partida
o encontro final.
Somente um sinal.
mas o sinal se fecha e uma mão acarícia
na melodia viver.
E o que tanto temer?
Se de tantas maneiras
saídas, fugas, clareiras.
Então, bem longe correr.
Corre o risco.
E nada entender.

31 de mar. de 2011

Tento seguir em frente, tento entender o que se sente
quando não ha mais o que sentir, onde seguir.
Envolto ao vazio não pode encontrar.
E quando se mostra um caminho
procura um outro lugar.
Me expondo, eu me escondo ainda mais.
E o que não cabe mais
se esconde atrás
de um olhar sem brilho, de uma chuva de verão.
Só um passo na escuridão.
Ocultando toda e qualquer magia, que um sonho encantou.
E tudo parou...
Na mesma estrada...
Que se encontra em cada madrugada
oposto a tudo que lhe cai bem
com todos, ou com ninguém.
Quem sabe poder entender
que em meio a palavras
uma lagrima surpreender

19 de set. de 2010

Porque cobrar um sentimento?
As minhas verdades são fragmentos.
Eu acho que já nem tento
Eu acho que já não tenho mais.
É a simplicidade que me trás.
Mas teu egoísmo não te deixa entender.
De tudo que sobrou, um pouco mais a perder.
E então abraço esse vazio, pra tentar me acolher.
Em toda escolha um pretexto pra fugir.
Em outra fuga, uma lágrima pra sorrir.
Pra sempre, só as palavras que deixei.
É tão pouco, mas é bem mais do que sei
E o meu mundo não parou
ele deu um tempo, pra mostrar que despertou.

13 de set. de 2010

A verdade que se faz, que se esconde.
Se não estou onde vivo, não preciso de quem sou.
Meu paraíso é a dor.
Por mais fraco se desenvolve
Se é muito, te devolve o pouco que sobrar.
E se em um dia houver esperança
no fim de uma noite que não cansa, no sol a esperança.
Se for preciso escalar, eu busco eu chego.
Nas minhas duvidas, os meus medos.
E então enxergo o meu lugar.
Em um céu sem nuvens, um tempo a se fechar.
E mesmo sem motivo, calar por um grito.
Só um instinto, uma mão.
Sua fuga se acelera a um passo do chão.
Saber andar, por onde pisa, que te ensina a voar.
Não me prenda mais, nem me peça pra ficar.
Eu também sei vencer, eu sou eu quem volta pra contar.

13 de ago. de 2010

Nem toda culpa tem o seu pesar.
Mas só o que é forte o bastante
pode decepcionar.
Em tudo o que se corrompe
a maneira de eternizar.
E nem se perturbe tanto
Apenas um desencanto.
Nada que não possa apagar.
Perdido em qualquer desventura
Uma nova forma esculturar.
Sequer se limitar
Perdido na razão
Uma causa a se amparar.
Abdicando o tempo que não espera
Numa próxima primavera.
Uma mentira mais sincera.

3 de ago. de 2010

É uma espécie petrificada.
é um lugar, um nome.
Pra onde vai dessa vez?
É toda a estupidez, é tudo
o tudo que se desfez.
Bem mais perdido, bem mais longe.
Só não vou chorar essa morte.
Não vou me esconder do que procurei.
Onde eu encontro, eu busco, eu sei.
Aonde guardar tanta vida?
Não posso mais me dissolver, me transformar.
Não posso mais me distrair, nem me calar.
Continuo procurando, sonhando, crescendo.
Em que tempo estou vivendo?
Eu subo tão alto a vertigem me excita
me explica, me limita.
Então eu vago pela escuridão.
Não quero a luz, não quero a cruz.
Quero voar.
Da escuridão eu sou toda sua duvida.
Estranho é o perfeito.
Insano é o desejo.
No caminho não estou sozinho
e já nem sei se é bom.
O que me ajuda, me confundi.
E se me querem assim
Eu sou a parte de mim, que não me quer
que me entrega, que me tira tudo
que me atira pro mundo.
Me liberta e arranca o coração
toma meu sangue, prende minhas mãos.
Eu só espero que não limite tanto
Eu só espero que você não seja
que não manche, que não saiba.
Que não me deixe sem ter o que saber
não me deixe sem ser.
Sou um pouco mais de você.
Bem mais do que preciso, menos do que finjo.
Se o egoísmo te afasta, te perco de vista
Não pode entender, mas se eu perder, eu peco tanto
eu perco o mundo, eu perco tudo.
Não sei querer, não sei dizer, então que diga por si.
Quem esteve aqui,quem alimentou, quem sofreu
Quem disse que era eu, que nada era meu.
Não caia neste meu mar de estupidez
de sonhos e fracassos.
Aqui não tem espaço, pra quem sabe viver.
E que não seja você.
Com seu brilho tão intenso.
Esse vazio me da mais prazer.
E eu, que trago você, te arrasto pra longe.
Bem mais perto do que posso ver.